ABSTRACT Introduction Burnout Syndrome is not classified as a disease or medical condition, but as an occupational phenomenon, characterized by emotional exhaustion, depersonalization and decreased sense of professional fulfillment. It is an increasingly frequent health problem among doctors, having become a factor of great wear and tear, especially after the enormous impact of the Covid-19 pandemic on these professionals. Objectives/Methodology This review aims to identify contributory factors, characteristics and consequences of Burnout syndrome in physicians, as well as assessment tools and strategies to address this problem. For this, a literature review was carried out, through a search in february 2022 in the PubMed database, including articles published between january 2007 and february 2022, in Portuguese and English, that addressed the Burnout syndrome in physicians. Mesh descriptors were used: Burnout syndrome; physicians; strategies. Forty-three articles were selected for full reading. Results Burnout syndrome is an increasingly present reality in our society, namely in the medical profession, having gained special attention, especially after the enormous impact of the Covid-19 pandemic. This phenomenon compromises both the health of these professionals and the quality of medical services provided to patients, culminating in an increase in the frequency of medical errors and health costs. Discussion/Conclusion Given the growing number of doctors suffering from Burnout, it is urgent to review this syndrome and its framework in this particular professional class, in order to find solutions that allow not only an improvement in the quality of life and work of doctors, as well as an increase in health gains. Solutions have been proposed, and the best approach to this problem seems to be the conciliation between individual methods and strategies with organizational strategies. Occupational health has a key role in the active and early identification of this problem in these professionals, in order to signal it in a timely manner and to be given adequate guidance.
RESUMO Introdução/Enquadramento A Síndrome do Burnout não é classificada como uma doença ou condição médica, mas sim como um fenómeno ocupacional, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e diminuição da sensação de realização profissional. É um problema de saúde cada vez mais frequente entre os médicos, tendo vindo a tornar-se um fator de grande desgaste, sobretudo após o enorme impacto da pandemia Covid-19 nestes profissionais. Objetivos e Metodologia Esta revisão tem como objetivo identificar fatores contributivos, características e consequências da síndrome do Burnout nos médicos, bem como ferramentas de avaliação e estratégias para colmatar este problema. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica, através de uma pesquisa em fevereiro de 2022 na base de dados PubMed, incluindo artigos publicados entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2022, em língua portuguesa e inglesa, que abordassem a síndrome do Burnout nos médicos. Utilizaram-se os descritores Mesh: Burnout syndrome; physicians; strategies. Foram selecionados quarenta e três artigos para leitura integral. Resultados A síndrome do Burnout é uma realidade cada vez mais presente na nossa sociedade, nomeadamente na classe médica, tendo conquistado especial atenção, sobretudo após o enorme impacto da pandemia Covid-19. Este fenómeno compromete tanto a saúde destes profissionais como a qualidade dos serviços médicos prestados aos doentes, culminando num aumento da frequência do erro médico e dos custos em saúde. Discussão e conclusões Atendendo ao número crescente de médicos a sofrer de Burnout, torna-se urgente a revisão desta síndrome e o seu enquadramento nesta classe profissional em particular, de modo a encontrar soluções que permitam, não só uma melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos médicos, como também um aumento dos ganhos em saúde. Têm vindo a ser propostas soluções, sendo que a melhor abordagem deste problema parece ser a conciliação entre métodos e estratégias a nível individual com estratégias organizacionais. A saúde ocupacional tem um papel fulcral na identificação ativa e precoce deste problema nestes profissionais, de modo a sinalizar atempadamente e ser dada a orientação adequada.